O roteiro da viagem de Julho de 2011 foi montada com base na dica de amigos que haviam morado na Itália e realmente amei!!! Começamos por Napoli, onde ficamos para poder visitar a Costiera Amalfitana, Ilha de Capri, Pompeia e a própria Napoli. Em Napoli, propriamente dita, passeamos apenas durante quase 1 dia.
Já a viagem de Janeiro de 2016 nos levou à Napoli devido a sua história, importância no cenário de arte contemporânea, ponto de suporte para visitar outros locais próximos e... a pizza, a famosa pizza de Napoli.
De forma geral, a cidade de Napoles é meio caótica. Percebe-se que ela possui problemas com o sistema de coleta de lixo que me parece que é administrada pela máfia local (pelo o que me falaram alguns locais). Há muito daquilo que resgata o jeito de ser de uma Itália antiga que habita nosso subconsciente depois de assistir a um filme caricato com prédios mal cuidados, pichações e as roupas estendidas pelas janelas. Em um momento, à noite, eu vi um prédio que parecia que havia sido bombardeado. Não sei por que estava naquele estado no meio de todas as construções caóticas, porém em pé...
Para quem sai de uma cidade mais calma, limpa e organizada na própria Itália, pode levar um choque ao pisar em Napoli. Mas não se assuste. Apesar de algumas pessoas falarem para tomar cuidado, não é tão grave assim. Mas tente não pedir muita ajuda caso esteja perdido, até mesmo a funcionários uniformizados na estação de trem. Um exemplo é que quando perguntamos onde era a plataforma do trem para Pompeii, um funcionário nos ajudou prontamente até a plataforma de embarque e achamos que era simplesmente um serviço prestado... mas não... ele pediu €5 pela ajuda. Bom, aprendemos e repassamos a dica a você para sempre tentar se virar por lá sozinho.
Sob outro ponto de vista, a cidade tem uma beleza ímpar... A Galeria Humberto I, o Teatro San Carlo, o Castelo Angioino, as igrejas, o mar e a vista para o vulcão Vesúvio são marcos interessantes. Uma coisa que notei é que a cidade tem muitas crianças perambulando pelas ruas e a grande maioria delas age como adultos, e além disso, a grande maioria das crianças que agem como adultos estavam sem adultos por perto, ou seja, elas sempre estavam com outras crianças apenas em duplas ou em grupos (andando de moto, trocando ideia, brigando, etc).
Duomo di Napoli
A Duomo di Napoli, ou Chiesa di Napoli (ou ainda Cattedrale Metropolitana di Santa Maria Assunta) foi construída em 1294. Sua fachada é do século XIX e não consegui tirar fotos da mesma porque ela é imensa e não havia recuo suficiente na rua para isso (só consegui com 3 fotos distintas para juntar depois).
Esta era uma das igrejas que eu mais queria conhecer na Itália e eu nem sei o porque, simplesmente queria. Entrando nela você já vê a dimensão da coisa toda: enorme e linda! Sério mesmo... achei muito, mas muito bonita!
Procure pelas pinturas de Lanfranco e Domenichino. A Duomo abriga ainda o túmulo de San Gennaro di Napoli e também guarda frascos com o sangue coagulado do santo. Os fiéis acreditam que o sangue do santo fica líquido por 3 vezes ao ano (em dias específicos de Maio, Setembro e Dezembro). Nós ainda visitamos a cripta, que é bem bonita, vale a pena ir.
Na visita ainda há o Batistério da Duomo, que fica à direita. É um batistério antigo com mosaicos bizantinos e você deve desembolsar €1,50 para visitar. Lá você verá o que restou da estrutura preservada, mas não há lá tanta coisa para se ver.
De resto, o que é gratuito, vale muito a pena! Repare que as fotos daqui estão meio escuras. É porque o dia estava bem nublado e as luzes no interior da igreja estavam bem baixas. Alguns outros pontos estavam recebendo manutenção e limpeza. Mas acho que a penumbra caiu muito bem com ela, no bom sentido 😉 Adorei o ar misterioso das composições!
Dizem que a Duomo di Napoli foi construída em cima de um antigo templo dedicado a Apolo, uma igreja construída a mando de Constantino (quando este conquistou a cidade no século IV).
Basilica di Santa Restituta e o Battistero di San Giovanni in Fonte
Como eu já disse, esta igreja foi construída em 1294 incorporando outras duas construções que foram erguidas a mando de Constantino no século IV em cima do antigo templo dedicado a Apolo. Como era comum naquela época, vários templos considerados pagãos eram transformados ou subjugados pela igreja a fim de tornar a conversão dos seguidores das religiões pagãs mais "fácil".
Você pode visitar estas partes antigas sendo elas a Basilica di Santa Restituta e o Battistero di San Giovanni in Fonte e apreciar o que sobrou dos mosaicos bizantinos.
A Basilica di Santa Restituta foi erguida dedicada à Santa Restituta. É a igreja paleocristã e olhando as fotos abaixo, você percebe que ela foi quase que completamente reconstruída após sofrer inúmeras avarias ao longo dos séculos. Na cripta encontram-se vestígios arqueológicos como uma parede grega, pertencente ao templo de Apolo. Também há um trecho de um aqueduto romano após a fundação da cidade e um trecho de estrada grega em plano inclinado, além dos mosaicos bizantinos bem característicos.
Já o Battistero di San Giovanni in Fonte é bem pequeno, basicamente uma sala baptismal com uma abóboda de mosaicos bizantinos em ruínas mas onde ainda é possível ver representações de passagens bíblicas de Jesus entregando um manuscrito "Dominus legem dat" a Pedro, seu encontro com a samaritana e o milagre de Caná, a pesca milagrosa ou Pedro andando sobre a água e etc.
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Pio Monte della Misericordia
O Pio Monte della Misericordia é como uma igreja que hoje exerce a função de museu. Sendo um museu, tem que pagar para entrar. Pertinho da Duomo di Napoli, abriga uma das mais inusitadas obras de Caravaggio: "Sette opere di Misericordia - Sete atos da Misericórdia). O ingresso te dá direito a visitar a igreja e ver esta magnífica obra, estando ela no altar principal e também o museu acima da igreja.
A igreja é do começo de 1600 e também possui pinturas de Luca Giordano, Carlo Sellitto, Fabrizio Santafede, Battistello Caracciolo e outros.
O museu no andar de cima é bem esquisito. Mais parecia um depósito de telas, meio que colocaram algumas delas conforme o espaço físico, combinando com temas e estilos. Há boas pinturas, mas é injusto ver um Caravaggio antes delas... fica muito gritante a distância e abismo dos estilos e técnicas quando comparamos os trabalhos apresentados neste museu. Mas o que mais nos incomodou foi ver telas tão antigas com a luz do sol batendo em algumas delas. Foi triste ver que não há muito cuidado, apesar do valor do ingresso...
Informações:
Horário de funcionamento: de Quinta a Terça das 09-14h.
Entrada: €7 (valor atualizado em Abril/2019)
Endereço: Via dei Tribunali, 253
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MADRe - Museo d'Arte Contemporanea Donna Regina
Um dos motivos que fomos a Napoli era para conhecermos o MADRe - Museo d'Arte Contemporanea Donna Regina. O surgimento deste museu ocorreu através do chamado "Pacto de Arte Contemporânea", assinado em 2003 pelo 'Ministério do Patrimônio e Cultura, as Regiões, as Províncias Autônomas de Trento e Bolzano, Municípios e Comunidades' para suprir a lacuna da arte contemporânea que existia naquela época na região, e, desta forma, ajudar a impulsionar a promoção da arte contemporânea e aumentar o conhecimento do público sobre o assunto.
E foi assim que a Giunta Regionale Campana comprou o Palazzo Donnaregina, do século XVIII para transformá-lo no atual museu de arte contemporânea. E digo que o trabalho que fizeram foi ótimo!
Inaugurado em duas etapas, 2005 e 2007, o museu já recebeu exposições e retrospectivas importantes no assunto. A todo momento há uma exposição nova e tivemos a oportunidade de conhecer trabalhos de Daniel Buren, Richard Serra, Anish Kapoor (maravilhoso), Sol Levitt, etc.
No primeiro andar há várias obras de instalações site-specifics de artistas como Jeff Koons e Richard Serra (como já citei acima). Lógico que a obra de Anish Kapoor é fantástica, e acabei maravilhada com a obra de Rebecca Horn dos crânios espelhados.
Já os andares superiores são dedicados a exposições temporárias.
Expografia muito boa, ótimos espaços que separam várias expressões artísticas. Gostamos muito, uma pena que na grande maioria das salas, você não pode tirar fotos. Aqui neste blog só há fotos do que podíamos registrar, porque sempre respeitamos as regras dos lugares que vamos.
Tivemos um tempo para descansarmos no café. É bem simples e com um bom café. Apesar do museu não ser gigante, foi bom repor as energias naquele lugar!
Informações:
Horário de funcionamento: Segunda, Quarta, Quinta a Sábado das 10-19h30. Domingo das 10-20h. Fechado às Terças.
Entrada: €8 (valor atualizado em Abril/2019)
Gratuito nas Segundas
Endereço: Via dei Tribunali, 253
Não é permitidas fotografias no museu, apenas dos espaços que trago mais abaixo:
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Museo Cappella Sansevero
O Museo Cappella Sansevero é um lugar que você tem que ir quando estiver em Napoli. Trata-se de uma antiga capela que hoje é um museu e, sendo um museu, tem que pagar pra entrar e não pode tirar fotos (senão você leva bronca).
Muito procurado por turistas, por ser um espaço pequeno, fica um pouco difícil apreciar tudo o que tem lá dentro. São afrescos lindos, decoração espetacular, esculturas maravilhosas e a escultura mais surpreendente é, sem dúvida, a do "Cristo velato", de 1753 feito por Giuseppe Sanmartino.
Ao redor da escultura há um delimitador de espaço entre você e a escultura e o mais interessante é que as pessoas começam a andar em volta da escultura a passos curtos, olhando hipnotizados para a escultura, quase como um velório. A escultura é surpreendente. Realmente de tirar o fôlego. Se o mármore não fosse tão branco, poderíamos jurar que era uma pessoa de verdade deitada lá, além disso, o esculpir do tecido e renda que cobre a figura do Cristo é de imensa precisão e delicadeza que você até começa a imaginar que o que está lá na verdade é uma seda com bordas rendadas de verdade. Uma das melhores esculturas que vi na minha vida! Demos umas três voltas ao redor dela, valeu cada centavo de euro gasto pela entrada!
É tudo muito lindo lá, não deixe de reparar na escultura do lado direito do Cristo, de Francesco Queirolo que também é magnífica, com um trabalho lindíssimo com detalhes surpreendentes no esculpir de cordas de uma rede de pesca! Maravilhoso!
No andar de baixo existe algo perturbador: dois estudos do corpo humano feitos por Giuseppe Salerno em meados de 1700. Com a macchine anatomiche ele pegou os esqueletos de um homem e uma mulher em posição vertical junto a seus sistemas arteriovenosos quase perfeitamente intactos. Como tudo isso foi descoberto em uma sala do palácio do Príncipe de Sansevero, acabaram parando nesta capela para exposição ao público.
Informações:
Horário de funcionamento: De Segunda a Sábado das 09h30-18h30. Domingos e feriados das 9h30-14h
Entrada: €8 (valor atualizado em Abril/2019)
Endereço: Via Francesco de Sanctis, 19
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Galleria Umberto I
Eu adorei a Galeria Humberto I. Para falar a verdade achei essa galeria mais bonita que a Galeria Vittorio Emanuele II de Milano. Elas tem arquitetura muito similares sendo que uma foi inspiração para outra, porém a Galleria Umberto I foi motivo de inveja nas cortes européias da época e, estando lá, dá pra entender porque.
A Galeria Humberto I foi construída em 1887 e virou um ponto de encontro dos moradores elegantes de Napoli. Ela teve que ser reconstruída após a Segunda Guerra Mundial. No chão, tem-se mosaicos representando todos os signos do zodíaco. A galeria é grande e tem entradas tanto para o Teatro San Carlo (que é a maior ópera da Itália, construída em 1737), quanto para uma das principais vias comerciais, a Via Toledo. Você vai encontrar lojas na galeria, mas na Via Toledo e arredores tem mais opções.
Impressionante observar o teto abobadado de vidro que é sustentado por 16 arcos de ferro e o ponto mais alto do teto possui 56 metros do chão.
O piso inferior é cheio de lojas, cafés e restaurantes, então aproveite para viver esta experiência já sabendo o que se pode encontrar por lá! Além disso, há vezes que a galeria recebe concertos musicais, exibições de arte e espetáculos de moda. Só não sei exatamente quando isso ocorre... fique de olho na web na época que você for à Nápoles.
Em outros andares existe até um hotel de luxo!
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Piazza Plebiscito
Próximo ao Teatro San Carlo e a Galleria Humberto I está a Piazza Plebiscito. Nessa praça está localizada a Igreja San Francesco di Paola e o Palazzo Reale. Vale a pena entrar na igreja, pois seu interior é muito bonito. Vale lembrar que na Itália não se entra nas igrejas de regatas ou roupas curtas.
Em frente à igreja está o palácio que abrigava os reis de Napoli e da Sicilia entre 1730 e 1860 (período em que Nápoles era independente da Sicília mas logo depois ficou sob domínio da Sardegna). Não chegamos a entrar no palácio, mas parece ser muito bonito e deve valer a pena para quem estiver com mais tempo. Se não me engano, hoje o palácio abriga a Biblioteca Nacional de Napoli.
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Castel Angioino / Castel Nuovo
Voltando para as proximidades do mar, encontra-se o Castelo Angioino (Maschio Angioino) ou Castel Nuovo, um histórico castelo medieval (1279-1285) existente em Napoli saqueado e danificado, restaurado e habitado por diversas vezes na história.
O castelo abriga hoje o Museu Cívico da Cidade de Napoli, sendo possível a visitação e como ponto de referência, fica em frente do pier onde se pode embarcar para Capri e praias da Costiera Amalfitana.
A entrada custa aproximadamente €6 e provavelmente não são permitidas fotografias no seu interior, isso eu deduzo porque não há fotos do interior no Google...
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L'Antica Pizzaria da Michele
Não dá pra ir a Napoli e não comer ao menos uma vez na L'Antica Pizzaria da Michele ou outra casa tradicional da pizza de verdade. Operando desde 1870 (não no mesmo endereço, mas enfim... é antigo) a receita é um sucesso e, por ser antiga, é referência na cidade. Um conhecido nosso foi em 2009 e nos disse que pagou os mesmos valores. Wow... sem inflação!
Enfim... a pizza é um pouco diferente da pizza Brasileira ou pizza de NY porque ela é meio mole e bem fina. Lá só há dois sabores: margherita e a marinara (que segundo o atendente, a marinara foi invenção do Sr. Michele).
A família de Michele Condurro já preparava a pizza desde 1870 e ele melhorou a arte de preparação da família após aprender com os mestres da guloseima em Torre Annunziata (um distrito do outro lado da cidade).
Michele abriu sua primeira pizzeria em 1906 e se mudou para o atual endereço em 1930. Desde lá, já passaram 5 gerações de pizzaiolos que mantêm o sabor e tradição da pizza, seguindo fielmente o lema do Sr. Michele: "Há apenas dois tipos de pizza napolitana: a 'Marinara' e a 'Margherita' e nenhuma 'porcaria' deve ser usada na preparação da pizza, porque alteraria o mundialmente famoso genuíno sabor".
O Michele usa apenas produtos naturais e fomos lá duas vezes. Geralmente a pizza é individual, mas não há problemas em dividir uma pizza com outra pessoa. Eu mesma não consigo comer uma inteira.
A dica é chegar cedo porque geralmente o local lota e fica uma fila lá fora. Não sei por que, mas chegamos e entramos direto nas duas vezes que fomos lá. Talvez porque era inverno.
O local é pequeno, tem uns 2 salões para você se sentar e comer. Dá pra ir em grupo de no máximo 6 pessoas. Eles não servem vinhos talvez para evitar que as pessoas se prolonguem por lá. O negócio é comer, engolir um refrigerante ou água e cair fora.
Informações:
Horário de funcionamento: não há informações no site oficial do Michele. Mas sei que Domingo não abre.
Endereço:Via Cesare Sersale, 1 / 3
Tem gente que prefere indicar o Alba Antiqua Napoli (ou Antica Pizzeria Port'Alba), onde você pode pegar pizzas um pouco menores e sair andando e comendo. Alguns dizem que é a mais antiga e a melhor... não provei para comparar. Endereço: Via Port'Alba, 18
Não... a massa da pizza não foi criada em Nápoles, mas o que entendemos como "pizza" sim! Bom, pelo menos é o que dizem os registros históricos que temos descobertos até hoje. A principal teoria aponta que os egípcios já consumiam algo muito parecido com o disco de pizza, porém sem molhos, queijos e proteínas juntos. Os fenícios, três séculos antes de Cristo, comiam o tal pão chato com carne e cebola. Só que o pão que estou falando aqui é aquele igual ao pão sírio ou pão indiano. Depois os turcos também começaram a comer o pão com outros itens adicionando carne de carneiro e iogurte fresco.
A teoria da chegada do pão chato à Itália, mais precisamente em Nápoles, remonta às Cruzadas do século XI, onde o "pão turco" foi levado para o porto de Nápoles e lá eles foram aperfeiçoando-o com trigo local e outras coberturas, como por exemplo, o queijo. Estes são os registros das primeiras pizzas, porém, a adição do molho de tomate só aconteceu no século XVI quando os colonizadores levaram das Américas (mais precisamente do México) um fruto vermelho sangue e outro parecido, porém dourado que os italianos logo apelidaram de "pomo d'oro" ou "maçã de ouro"... A pizza foi largamente difundida no mundo após a Segunda Guerra Mundial, quando soldados americanos levaram a novidade aos EUA e também pelos imigrantes italianos espalhados em vários locais do mundo.
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Dicas de restaurantes e doces
Em Napoli, comemos na Osteria da Antonio que fica na calçada do hotel (da viagem de 2011). Com decoração mais "praiana", mais naval, as mesas da calçada davam vista para o Castel Nuovo.
A especialidade da casa, como é uma osteria, lógico, são os frutos do mar. São vários tipos de pastas com várias combinações de frutos do mar, peixes, risotos, etc. A comida era muito boa e os garçons muito simpáticos, recomendo.
Parece que há boas opções de doces também, então aproveite e já vá reservando um lugar no estômago para encaixar guloseimas no final!
Endereço: Via Agostino Depretis, 141.
Somente em Napoli encontramos este doce que parecia esquisito mas é uma delícia: o Baba Napolitano ao rum. É considerado um bolo, mas acho que era um mix de bolo e pão... mas sei que é tradicional desta cidade. Tem a forma de um cogumelo e seu diâmetro pode variar de 5 a 7 cm até 35 a 40 cm. A massa é embebida com licor, geralmente rum ou limoncello. Pode ser servido uma unidade ou vários, formando uma torta.
A origem do bolo tem diferentes versões. Uma delas atribui a origem vindo da França com nome baseado na gastronomia russa onde 'Baba' significa 'avó'. Há outra versão, de que seria originado do doce Gugelhupf da gastronomia da Áustria e Baviera. Como não tem como saber de onde veio, vamos dizer simplesmente que é de Nápoles e é bem gostoso! Apesar de ter comido e muito no jantar, encarar o baba de sobremesa acabou até sendo fácil! Apesar de grande, ele é bem aerado e no final, não há tanta massa como se imagina ter! Adorei e o sabor de rum estava perfeito.
Assistindo a um programa de televisão (não me recordo o nome do mesmo), o apresentador provou um baba napolitano na Capriccio Pasticceria. Provavelmente tão bom quanto este que comi, porém, parece que tinha mais rum na receita. Outros doces que o programa sugeriu experimentar quando se visita Nápoles foram o svogliatella (de ricota) e o cannoli da Scaturchio. Porém, no mesmo programa eles sugerem que o svogliatella de Amalfi é o melhor (de creme de confeiteiro).
Eu não cheguei a comer nem o canolli e nem a svogliatella de Napoli (e nem em Amalfi). Porém, quando estávamos indo a Herculano, paramos em um tipo de pasticceria para fazer xixi (rsrsrsrs) e sério.... era um lugar muito, mas muito, muito esquisito/sinistro. Cheguei a pensar que aquele lugar era uma pasticceria de fachada para lavar dinheiro da máfia rsrsrsrs. Brincadeiras à parte, só achava estranho não ter nenhum doce nos balcões velhos (acho que eram da década de 70), além de algumas poucas svogliatelle. Pedi uma na cara e na coragem e AMEI!
Uma coisa que percebemos é que, ficar o dia todo sem almoçar (apenas comendo lanches rápidos) nos deixava com fome bem cedo. Lá pelas 18h queríamos jantar e não encontrávamos lugares abertos, porque eles só abrem às 19h ou 19h30 (Janeiro/2016). Mas o La Cantina Dei Mille estava aberto e nos recebeu.
Não queríamos o menu com 3 pratos, então logo pedi o prato principal: a pasta com frutos do mar. Apesar de achar pequeno o prato (para os padrões italianos) estava muito bom, porém, como sempre, salgado. Deu vontade de lamber o prato! O ponto fraco foi o "tiramissu". Não gostei, parece até que foi embebido em água.
Aliás, tiramissu é algo que eu NUNCA comi um muito bom na vida! Se você souber onde comer um super top tiramissu, escreve nos comentários aí embaixo, por favor!!!!!!!!!!!!
Endereço: Piazza Garibaldi 126
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Comércio
Adoro observar o comércio das cidades que visito porque aprendo muito sobre os costumes locais e nada melhor do que ir em feiras ou mercados. Mas em Napoli você encontra lá no meio do centro, várias lojas abertas desde cedo até tarde, vendendo a comida típica da região. Geralmente na Itália do Sul você encontra mercadorias saindo pra fora dos estabelecimentos comerciais, mas em Napoli, elas saem até um pouco mais para fora.
O que mais me intrigou foi uma loja que tinha vários tipos de peixes e frutos do mar. Tinha até enguia, além de uns peixes bem esquisitos. Todos frescos e com água corrente renovando a água do balde para que os aquáticos sobrevivessem mais tempo. Vale a pena andar pela Via Pignasecca e conferir o que estou falando.
Em Napoli há feiras gigantescas de ruas e muita "muamba" é vendida nelas. Aliás, a feira que encontramos só a vimos de longe porque mais parecia uma feira de muamba muito, mas muito esquisita e caótica... parecia um inferno!
Mais lugares para conhecer:
- Para aqueles que gostam de comprar, além das lojas de marcas famosas, recebi a dica de procurar por uma loja chama Motivi que vende roupas para o dia-dia (são roupas básicas e a preço acessível), é uma marca muito utilizada pelos italianos comuns.
- Passeie na Galleria Borbonica que é uma galeria subterrânea de passagem do século XVII. Para quem gosta de arqueologia, pode ser interessante. Visita paga.
- Visite a Catacombe di San Gennaro. Visita paga.
- Caminhe pelo Quartieri Spagnoli que é um dos bairros mais característicos de Napoli.
- Importante ir ao Museo Di Capodimonte para apreciar grandes mestres da pintura como Tiziano, Raffaello e Caravaggio. Visita paga.
- Museo Arqcheologio Naizonali di Napoli. Visita paga mas o primeiro domingo de cada mês é gratuito.
- Visite o Castel dell'Ovo e tire boas fotos dele com o Vesúvio ao fundo. Visita paga.
- Há três estações de metrô em Napoli que vale a pena conhecer por serem diferentes esteticamente (no interior) e com intervenções artísticas: Universirá, Materdei e Toledo. Não sei o que houve comigo, mas quando estive na cidade, esqueci completamente delas! Vou ter que voltar à cidade...
- Existem vários outros passeios por Nápoles que você pode fazer e reservar desde já os seus ingressos. Clique no nosso link da TIQETS e reserve já! Os preços são idênticos aos da bilheteria!
Dicas Gerais
Aqui coloco algumas sugestões de tempo e valores para você conseguir organizar a sua passagem por Nápoles e já adianto que vale a pena ficar mais do que apenas um dia e nem pense em fazer um bate e volta, heim?
Quantos dias ficar: Para aqueles que entendem a particularidade da cidade, podem programar pelo menos 3 dias inteiros para conhecer boa parte da cidade.
Lembrando que quem vai a Pompéia, é necessário um dia a mais e para quem vai a Herculaneum, 1/2 a mais. Quase o mesmo raciocínio vale para quem quer conhecer Capri ou o norte da Costeira Amalfitana mas não vai se hospedar em nenhum dos dois destinos: dependendo dos dias que quiser passar nestes lugares, a sua estadia por Napoli aumentará. Vale lembrar que para conhecer o sul da Costiera Amalfitana nem recomendo ficar hospedado em Nápoles não... ou você se hospeda na Costiera ou perto dela, tipo... Salerno.
Quanto custa: Você pode fazer muita coisa a pé caso tenha escolhido hospedagem em local estratégico em Nápoles. De toda forma, o ônibus custa €1,10 (que deve ser o mesmo valor para o metrô) e o trem cerca de €4 para os sítios arqueológicos ou Sorrento. Em relação a hospedaria, o valor depende muito da sua preferência e necessidade, mas para um B&B considere €50/noite e hotel a partir de €80/noite (quarto casal). Os ingressos de algumas atrações giram em torno de €7 a €12. Alimentação como almoço e jantar ficam por volta de €12-€20 por pessoa, mas depende muito do que você quer (os preços aqui são as médias baixas que encontramos), mas se você for na Pizzaria do Michele gastará metade disso. Note: valores de Janeiro/2016.
Hospedagem:
Na viagem de 2011, o hotel escolhido foi o Mercure Angioino, muito perto da entrada para as barcas, dos principais pontos turísticos da cidade e de fácil acesso ao centro comercial. Os quartos são pequenos, mas o hotel é arrumado e vale a pena pela localização. Vale dizer que os atendentes foram muito simpáticos e solícitos. Endereço: Via Depretis, 123.
O Bed&Breakfast para a viagem de 2016 escolhido foi o Anna's Family, perto da Estação Napoli Centrale o que facilita para aqueles que não vão focar 100% a estadia nesta cidade. A 500 metros do começo de algumas atrações, facilita muito a locomoção a pé. O quarto é grande com armário e ar condicionado que esfria e esquenta. A cama apesar de ser de casal, é composta por dois colchões de solteiro, dificultando e muito na hora de dormir. O maior problema deste lugar é o banheiro… ele tem uma péssima acústica, então, se você tem algum tipo de problema em expor sua intimidade sonora, evite este B&B. A água do chuveiro tem um cheiro esquisito a ponto de eu achar que estava suja (meu couro cabeludo coçou muito) e o chuveiro em si também é péssimo porque ou ferve a água ou congela, num box pequeno e desconfortável. Cobertores são ruins mas as toalhas são boas.
Antes de eu reservar este B&B, dei uma olhada no site deles e as fotos das dependências. Me pareceu bom. Só que chegando lá é que você entende tudo… Na verdade o complexo de hospedagem abrange um B&B e um hotel (o Anna’s Family e o Hotel Holiday) onde cada um fica separado por um corredor, somente o front desk e o café da manhã são feitos dentro do hotel. O café da manhã é limitado, com muitos itens doces e quase nenhuma opção salgada… a tábua de frios era pífiamente abastecida, talvez para não gastarem muito com este item (o que eu achei péssimo). A equipe do hotel é quem atende os hospedes do B&B, sendo grande parte deles muito atenciosos e prestativos (grande parte e não majoritariamente). A maior parte dos hóspedes eram italianos. Endereço: Via Silvio Spaventa, 18. A cidade de Napoli cobra o imposto de €1 por pessoa/noite.
Outras sugestões:
- Suite Monticelli é um B&B de residência que fica no centro de Napoli com equipe que fala inglês, espanhol e italiano. O café da manhã é tipicamente italiano e os hóspedes elogiam muito tudo e a localização.
- Albergo Palazzo Decumani4 estrelas é uma hospedagem em um edifício elegante do início do século XX e possui quartos espaçosos e é até meio elegante. Localização ótima no centro histórico
- Hotel Nuovo Rebecchino 3 estrelas funciona desde 1890 e fica próximo à estação de trem central. No geral os hóspedes avaliam o hotel como "bom".
- Golden Hotel 3 estrelas fica próximo ao porto o que facilita para quem vai pegar as balsas para as ilhas italianas. A estação de metrô mais próxima, Toledo, fica a 2 minutos a pé do hotel. Os hóspedes avaliam como "muito bom".
mais: NeapolitanTrips Hotel Royale 4 estrelas, Hotel Napolit'amo 3 estrelas, Mellos B&B, NeapolitanTrips Hostel & Bar
ATENÇÃO: Algumas informações descritas no blog podem mudar, como por exemplo, preços, horários de funcionamento e até mesmo endereços. Consulte sempre antes de ir! Não possuímos vínculos com as empresas, serviços e profissionais mencionados neste blog
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