Dicas de Viagem para conhecer a Rota Amarela do Instituto Inhotim com destaque para todas as obras e galerias de um dos maiores parques e museu de arte. Por sinal, nos primórdios do instituto, era a única rota que existia (incluindo a Galeria Adriana Varejão que hoje fica na Rota Laranja). Por isso que você vai perceber que há uma maior concentração de edificações e instalações artísticas nos jardins do parque nesta rota.
Além de toda arte que eu debulho logo mais abaixo, existe o Jardim Pictórico e o Largo das Orquídeas que são jardins temáticos dentro do parque. O primeiro eu confesso que não o encontrei (ou talvez só passei por ele, não entendi muito bem quando estive em Inhotim porque não encontrei uma placa indicando o local), mas o segundo eu registrei com quase nenhuma orquídea em flor. Como fomos no final da primeira semana de Agosto de 2017, creio que não era a época correta para vislumbrar todas as cores das flores.
Antes de tudo, #abracebrumadinho para que o potencial turístico e a alegria volte a Brumadinho! Torcendo para sempre por vocês! Não deixe de ler as outras páginas sobre o Instituto Inhotim destacando as outras rotas: Rosa Rosa e Rota Laranja (logo mais será publicada).
ROTA AMARELA
Galeria Praça
Com o mapa em mãos, partindo da recepção, você rapidamente chega na Galeria Praça. Considerando a recepção como o start da visitação da Rota Amarela, é a primeira galeria que conhecemos quando entramos na rota. Digamos que, assim como expliquei na página INSTITUTO INHOTIM I, as galerias de nomes “genéricos”, como esta Galeria Praça, possuem exposições temporárias e sua programação sempre muda. Porém, nesta galeria encontramos muitos trabalhos pertencentes ao acervo de Inhotim.
Na marquise da galeria, logo de cara, avistamos a obra do americano Marcius Galan, chamada Imóvel/Instável, 2011. Eu gostei muito sobretudo porque ele usa concretos pesados, ripas de madeira e cabos de aço e, mesmo assim, visualmente a obra parece leve. Como um móbile decorativo, apesar de seus elementos estarem apoiados no chão, nossa memória busca entender que o móbile vai se mover quando o vento soprar. No centro de tudo isso, a estrutura está "sustentando" um pequena moeda, que apenas toca o chão, talvez seja uma alusão ao capitalismo e suas desproporções.
Existe uma outra obra de Marcius Galan mas infelizmente ela não estava exposta. Chama-se "Seção diagonal, 2008" e é um vidro gigante que dá umas sensações diferentes para quem chega perto, enfim... Acredito que ela seja uma obra do acervo de Inhotim, mas... não estava lá.
Entrando em uma das duas salas da galeria, o som nos convida a chegar mais perto e esta é uma das obras que mais voltei para ver e ouvir. É a excepcional obra da canadense Janet Cardiff chamada Seção diagonal, 2008. São 45 caixas acústicas em volta da sala e cada caixa representa uma voz. A composição que cada voz emana é do compositor inglês do século 16, Thomas Tallis, e a canção é Spem in Alium nunquam habui composta na ocasião da comemoração do aniversário da Rainha Elizabeth 1ª, em 1575. Sendo um compositor católico, ele realizou este moteto (um tipo de composição polifônica medieval) para oito coros de cinco vozes com o tema sobre humildade e transcendência. Hoje a composição é também conhecida como "uma das mais complexas obras polifônicas para canto coral jamais compostas", segundo o informativo que acompanha a obra.
Para a execução desta obra, a artista usou microfones individuais onde cada integrante do coral da Catedral de Salisbury foi gravado. Desta forma, quando andamos na frente de cada caixa acústica, ouvimos de forma focada a voz daquele integrante referente àquela caixa de som. Quando todos estão cantando ao mesmo tempo, passar pelas caixas nos dá uma percepção diferente da música como um todo. Trabalho realmente impressionante do uso do som e da tecnologia para nos dar esta sensação auditiva única. Sem dizer que o moteto é de arrepiar!
A segunda sala desta galeria traz obras de Luiz Zerbini que eu achei fora de série. Destaco as suas pinturas em camadas que possuem um realismo misturado com colagens e formas flutuantes que, por um minuto, achamos que são elementos jogados aleatoriamente, mas que no minuto seguinte não conseguimos mais aceitar a obra sem os mesmos. O tema do artista fica nas pessoas, lugares, arquitetura e tempo.
As obras que vemos pertencem à Coleção Inhotim, exceto Mamão Manilha (2010), que é de coleção particular e as obras Sem Título (2004), Drops (2004), Pintura Velha (2013) e Sem Título (Disperso) (2013), são todas cortesia do artista e da Galeria Fortes D'Aloia & Gabriel. Eu com certeza, se pudesse, teria uma tela dele na minha casa!
Para terminar esta galeria, no pátio do lado de trás, há dois murais nas paredes chamados Abre a Porta, 2006, do americano John Aheam e do portorriquenho Rigoberto Torres. Feito de fibra de vidro, os dois artistas retrataram, após a convivência com a comunidade de Brumadinho, as pessoas e seus costumes, valores e caráter, transformando o que vivenciaram quando estiveram em Inhotim, em uma escultura murada.
Inhotim - rota amarela Texto e fotos de propriedade do Itinerário de Viagem
Galeria Rivane Neuenschwander
Seguindo rumo ao norte, nos deparamos com uma pequena casa que quase parece de bonecas, construída em 1874. O sol estava destacando-a e a roseira ao seu lado me convidou para uma foto clássica na sua pequena escada. Dentro as pessoas tentam entender a instalação artística da mineira Rivane Neuenschwander. Sem ler a explicação da obra, realmente não nos atentamos. A obra chama-se "Continente/Nuvem, 2008" e, como definição, é uma obra cinética que ocupa todo o teto da pequena casa. Você repara que há pequenas bolas de isopor, daquelas que enchiam os bichinhos de pelúcia baratos dos anos 80. As bolinhas de isopor se movem aleatoriamente sobre um forro fosco devido a uma espécie de ventilador. O propósito é criar formas abstratas monocromáticas que possam lembrar mapas ou o movimento das nuvens no céu.
Bom, o movimento é meio demorado até formar algo como um gestalt, ou seja, até formar alguma figura que pode parecer familiar conforme o seu modelo mental e/ou carga emocional. Algumas pessoas podem achar meio infantil a obra, mas justamente aí que eu gostei da obra porque, criança que passou horas observando o céu, meio que se sente em casa aqui. E não é que a obra é dentro de uma casa mesmo?
Inhotim - rota amarela Texto e fotos de propriedade do Itinerário de Viagem
Galeria Cildo Meireles
Esta galeria apresenta duas obras do artista carioca Cildo Meireles. A primeira é o "Desvio para o Vermelho: Impregnação, Entorno, Desvio, 1967-1984" e "Através, 1983 - 1989". A galeria é dividida em dois e na primeira seção possui a primeira obra que é dividida em 3 salas, sendo elas: Impregnação, Entorno e Desvio.
Logo que você entra na primeira sala, a parte da obra "Impregnação", você deve tirar os sapatos e ser tomado pela vermelhidão da obra. Trata-se de uma das obras mais fotografadas de Inhotim e estando dentro da sala a gente entende e justifica postar mais uma foto deste lugar na world wide web.
Quase tudo é vermelho. Só as paredes e poucos detalhes que não. Mas o mais interessante é que você percebe um certo desbotamento nas obras, algumas estão meio alaranjadas. Todos os itens você vê que não foram tingidos no mesmo tom, foram adquiridos na tonalidade que são, vermelho.
A sala é mais que uma sala, vira uma casa, quase um studio, sem cama. Você pode abrir somente o armário e a geladeira que, aliás, possui produtos reais como pimentões vermelhos e iogurtes de embalagens vermelhas, e está funcionando, o que me fez imaginar que esta obra deve ser muito trabalhosa para ser mantida. Tudo real, tudo o que é vermelho. Eu realmente não sei onde o artista quis chegar ou nos levar, mas depois que saímos de lá, caímos num corredor, o "Entorno" que é representado por um pequeno frasco que despeja o vermelho do chão para uma imensidão preta, te levando à terceira parte da obra, o "Desvio". Você caiu numa sala totalmente escura com uma pia no seu final, uma pia torta que jorra um líquido que nos remete ao sangue. Dá até um pouco de vertigem, acabamos acreditando que o chão da sala é que está torto.
Lendo um pouco sobre o conceito da obra, a intenção do artista é mostrar aquela casa toda arrumada, ordenada e requintada como um porto seguro que, inevitavelmente está ligada à sociedade lá fora, que é a pia jorrando sangue na escuridão. A casa vermelha é como um refúgio onde a pessoa se sente protegida de qualquer sangue que possa ser derramado. E o tal sangue pode ser interpretado a, infelizmente, qualquer época em que tal reflexão for feita.
Depois que saímos destas duas salas, calçamos novamente os nossos sapatos e partimos para outra seção da galeria com a obra "Através". Diferentemente da primeira obra, aqui o calçado fechado é de extrema importância porque o chão da obra é composto por vidro temperado quebrado.
Nesta obra o artista usa materiais que lidamos no dia a dia que criam barreiras físicas ou até psicológicas. Obviamente o artista eleva os materiais para questões mais amplas. Os objetos são desde uma cortina de chuveiro a uma grade de prisão, passando por materiais de origem doméstica, industrial e institucional.
Definido pelo Inhotim, os materiais são dispostos "sempre em dupla, os elementos se organizam com rigor geométrico sobre um chão de vidro estilhaçado, oferecendo diferentes tipos de transparência para os olhos, que à distancia penetra a estrutura. O convite é que o corpo experimente de perto esta estrutura, descobrindo e deixando para trás novas barreiras. Com sua conformação labiríntica e experiência sensorial de descoberta, Através e seus obstáculos aludem às barreiras da vida e ao nosso desejo, nem sempre claro, de superá-las."
Eu gostei muito desta obra. Acho que eu mesma precisava quebrar algumas barreiras quando, percebi que esta obra eu poderia andar sobre ela, porém mais ninguém que estava lá estava interagindo com ela, todo mundo andava ao redor da mesma. Perguntei ao monitor da sala se eu poderia entrar na obra e ele me respondeu afirmativamente. Interessante observar o comportamento das pessoas... ao entrar na obra e começar a chamar a atenção com as minhas passadas que gritavam no contato dos vidros, as pessoas prontamente foram tomadas pela surpresa da minha ação e só aí que perceberam a possibilidade de fazer o mesmo que eu e, de repente, vários sons dos passos dos outros visitantes tomou o lugar.
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Largo das Orquídeas
O Largo das Orquídeas foi inaugurado em 2016 quando o Inhotim recebeu 17 mil mudas de orquídeas da Orchid Brazil, empresa especializada em orquídeas raras e melhoradas geneticamente. Desta forma, boa parte destas mudas formam o sétimo jardim temático dentro do parque e outras tantas mudas foram espalhadas em outros locais.
A minha visita ocorreu no primeiro final de semana de Agosto de 2017. Acredito que não é a época ideal para apreciar a planta com a sua flor característica. Mas pela foto dá para observar algumas flores na cor lilás. Imagino como deve ser absolutamente lindo quando todas desabrocham! Provavelmente isso acontece em Abril e Maio.
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Galeria Fonte
Esta galeria de nome genérico é dedicada a exposições temporárias e exposições de obras do acervo de Inhotim. Com obras dos japoneses Tsuruko Yamazaki e Hitoshi Nomura, além da mineira Cinthia Marcelle e do americano Robert Morris, a galeria abriga muitos outros artistas de diversas nacionalidades e diversas técnicas. Em uma das salas estava sendo projetados 3 vídeos-artes de artistas distintos. Assistimos aos três.
Confesso que a visita a esta galeria foi meio rápida porque não me comovi profundamente com as obras. Um ponto negativo que levanto é em relação à forma de expor a obra de Cinthia Marcelle. Eu já havia visto tal obra projetada em uma parede gigantesca. Era cerca de 3m x 3m de projeção, ou até mais. Só sei que elevava a obra àquilo que ela deveria ser elevada, ainda mais seguindo de mais outros dois vídeos da mesma série da artista. Aqui na Galeria Fonte eu vi apenas uma das três obras em uma tímida televisão de 40 polegadas. Não achei pertinente, mas se a artista autorizou esta forma de exibição da obra, só tenho a aceitar.
Inhotim - rota amarela Texto e fotos de propriedade do Itinerário de Viagem
Zhang Huan - "Gui Tuo Bei, 2001"
Em Inhotim, há alguns lugares que você acaba caindo mais de uma vez. O local onde está a obra "Gu Tuo Bei" do chinês Zhang Huan é um dos lugares que você inevitavelmente irá cair porque é quase uma rotatória na Rota Amarela. E lá você avista uma das árvores mais bonitas e que é um destaque botânico do parque: a tamboril. Eu nunca havia visto e jamais ouvido falar desta árvore. Mas depois que a conheci, tive que deixar a foto em destaque nesta página. Eu fiquei até com dó da obra do chinês que, apesar de notável, acaba ficando em segundo plano ao lado da imponente árvore.
Passamos diversas vezes nesta rotatória e quando a minha euforia em relação à árvore abaixou, dei uma chance à Zhang Huan. Trata-se de uma escultura do tipo monumento monolítico e, tradicionalmente na cultura chinesa, estes monumentos carregados por uma tartaruga são comuns em lugares sagrados e espaços públicos, servindo como fonte de contextualização histórica do local e simbolizando poder político ou religioso. Neste monumento há várias inscrições chinesas, contando a história de um homem, que apesar da idade avançada, consegue com a ajuda de seus descendentes mover as montanhas que bloqueavam o caminho de sua casa. Simplesmente uma mensagem universal sobre a determinação e o esforço que te levam à realização de qualquer objetivo. Uma das coisas que mais atormenta na obra é ver o rosto do artista esculpido na cara da tartaruga. Uma alusão do esforço do mesmo, talvez.
Inhotim - rota amarela Texto e fotos de propriedade do Itinerário de Viagem
Simon Starling - "The Mahogany Pavillon"
A obra do inglês Simon Starling é muito delicada e aparece de uma forma inusitada no seu campo de visão. O artista colocou um pequeno barco de ponta cabeça, suspenso por seu próprio mastro e por cabos finos e pedestais de aço. Apesar do modelo moderno do barco, acabamos pensando sobre as embarcações que saiam da Europa e descobriam o novo continente. Acabei lembrando até de algumas imagens que coletei de gibis da infância, onde os personagens, acreditando que o Planeta era plano, ao chegarem no seu fim, cairiam para o infinito ou voltariam de ponta cabeça. Mas na explicação da obra, a alusão é realmente o percurso para o novo mundo, mais precisamente à América do Sul, levando daqui a madeira mogno utilizada na fabricação de veleiros como este utilizado na obra, feitos na Escócia.
Belíssima metáfora. Para quem não sabe, a obra está ao lado de uma recém plantada árvore de mogno brasileiro.
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Cildo Meireles - "Immensa"
A obra Inmensa de Cildo Meireles foi desenvolvida especialmente para Inhotim. Mas é uma versão da obra homônima que ele criou em 1982. Apesar do nome da obra nos influenciar no julgamento da mesma, o artista usa o latim, in mensa para dizer "na/sobre a mesa".
Ao meu ver, a obra parece um monte de bancos ou mesas ou cadeiras. Uma sobre a outra. Definitivamente são objetos de origem doméstica. As interpretações podem ser variadas, mas a lógica indicada no próprio texto explicativo da obra indica que 'os elementos menores sustentam os maiores', fazendo com que a obra questione "noções de hierarquia e equilíbrio que podem ser lidas na ordem da sociedade, da política e da economia." Mas eu particularmente não acho que poderia ser só isso.
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Waltercio Caldas - "Escultura para todos os materiais não transparentes, 1985"
A escultura do carioca Waltercio Caldas feita de mármore e madeira fica pertinho do restaurante Tamboril. Perto da obra não havia nenhum texto explicativo e no site de Inhotim também não. Mas pelo o que entendi e pesquisei, as duas esferas de mármore parecem ser um fragmento da obra completa, composta por várias outras esferas feitas de outros materiais como pedra e madeira. E também, o que eu entendi é que, tal obra maior está no Stedelijk Museum, Schidam, Holanda. Mas estudando sobre as obras do artista, existem várias denominações para duas esferas de outros materiais com o mesmo nome e ano de produção. Então, realmente é confuso precisar.
Edgard de Souza - "Sem Título"
Esta é uma outra obra de Edgard de Souza e fica praticamente na varanda do restaurante Tamboril. Como almoçamos os 3 dias de Inhotim neste restaurante e sempre na varanda, ficamos sempre perto desta obra durante toda a nossa visita ao instituto!
Esta escultura em bronze faz parte do trio que já relatei na Rota Rosa e é tão interessante quando as outras, apesar de estar em uma escala menor. Mas novamente, os corpos sem cabeça nos faz pensar em um surrealismo onde os corpos se juntam, como metades de uma laranja. Ou estarão se separando? Acho que a interpretação é livre aqui!
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Ainda próximo ao restaurante Tamboril há duas esculturas que cito logo abaixo. Acho que a proposta de ambas são meramente decorativas. Não são obras que me envolveram.
Paul McCarthy - "Boxhead"
Tunga - "Deleite"
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Olafur Eliasson - "By Means of a Sudden"
Depois de passar por um caminho morno e decorativo, eis que surge uma pancada nos olhos. Uma pequena estrutura geodésica branca (a terceira em Inhotim) que te convida a entrar. Mas o aviso é que pessoas claustrofóbicas ou que possuem quadros de epilepsia devem evitar a obra. Não tem como não deixar a curiosidade te tomar e você entra, em uma absoluta escuridão, vê uma fonte de água e uma luz que pisca rapidamente e incansavelmente.
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Galeria Mata
A Galeria Mata me deu a impressão de que todas as obras expostas estão lá por tempo determinado. Com o nome de "Por aqui tudo é novo..." a exposição foi inaugurada em Setembro de 2016 e é composta por obras de jovens artistas como Sara Ramo e o coletivo Chelpa Ferro. Mas não só de jovens artistas compõe a atual exposição da Galeria Mata, já que artistas como Alexandre da Cunha, Victor Grippo, Caetano de Almeida, Leonilson, Erika Verzzutti, Pablo Accineli, Delson Uchoa, Haegue Yang, José Damasceno e Daniel Stigma estão lá!
Uma das que eu mais gostei chama-se "Método para arranque e deslocamento, 1992 - 1993" de José Damasceno (em destaque logo mais abaixo).
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Amilcar de Castro - "Gigante dobrada"
A obra "Gigante Dobrada" de Amilcar de Castro é uma escultura de aço oxidado e fica entre a Galeria Mata e a Galeria True Rouge. A escultura é alta, com 4,48m e 4m de base. É de fato uma gigante.
O mineiro sempre teve uma marca bem característica em suas esculturas onde predominava as curvas e aqui encontramos algo que acabou caracterizando os seus últimos trabalhos, sendo eles mais retos. Esta obra de 2001 deve ter sido uma das últimas que ele fez, já que o artista faleceu em 2002.
Achei interessante onde a escultura está porque, ao lado da Galeria True Rouge notamos o caminho que vamos percorrer até entrar naquela galeria e este é um caminho curvo, talvez para relembrarmos a fase mais curva de Amilcar de Castro. Sei que tudo em Inhotim foi pensado nos últimos detalhes, então, esta teoria pode ser real. Olhando a foto à direita, dá para entender onde quero chegar.
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Galeria True Rouge
Uma das galerias mais procuradas em Inhotim é dedicada a apenas uma obra do pernambucano Tunga. Quando em vida, Tunga explorava várias formas artísticas e uma das coisas que mais caracteriza seus trabalhos é a mistura de realidade e ficção, onde o resultado chegava até em uma criação quase que mitológica, mas pessoal, lógico.
Outra característica de Tunga era utilizar as performances artísticas a fim de inaugurar uma determinada obra. E a obra que hoje vemos na Galeria True Rouge foi inaugurada desta forma onde atores nus interagiram com os atuais objetos pendurados e também com recipientes que possuía um líquido viscoso, vermelho. Estes líquidos viscosos não estão mais lá, mas se você notar no chão da galeria, há manchas vermelhas e quando perguntei ao monitor da sala, este me explicou que as manchas vermelhas ficaram lá devido à performance.
Eu cheguei a ver o vídeo da performance dias após visitar Inhotim e este foi filmado em 2004. Pelo o que li, o "trabalho surge do poema que lhe dá título, escrito por Simon Lane e que descreve uma ocupação do espaço pelo vermelho, valendo-se de trocadilhos entre a língua inglesa (true) e francesa (rouge). Os objetos que pendem do teto, unidos por estruturas interdependentes, aludem a um grande teatro de marionetes: uma escultura de manipulação, que, se valendo da gravidade, não chega, contanto, a tocar o chão."
De fato, os impactos visuais das obras deste artista são indiscutíveis 😉
Inhotim - rota amarela
Faz parte da rota Amarela o Restaurante Tamboril, como ele foi citado acima. Para saber mais detalhes, leia o nosso post sobre o restaurante: Almoçando no Restaurante Tamboril.
Os destaques botânicos indicados no mapa para a rota amarela são:
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