EnglishPortugueseSpanish
ACONCÁGUA
Postado por Gisela S em 03/09/2018 Editado por Estela T em 03/10/2024

Além das inúmeras vinícolas que já falamos a respeito na página Mendoza, você também pode conhecer a região em um passeio rumo à base do ACONCÁGUA. E é sobre isso que vamos falar aqui! O passeio que eu fiz na região de Mendoza, contratamos um motorista que passou pelos pontos principais da região, um trajeto comum de Mendoza até Aconcágua, pela Ruta 7.

O texto em preto é registro da viagem da Gi realizada no verão de 2017. Já o texto em azul é o registro da viagem da Estela feita no início da primavera de 2024. Desta forma, você poderá saber quem escreveu o que e como a paisagem muda dependendo da época que se vai.

A primeira parada foi no Dique de Potrerillos onde a água é formada pelo derretimento de glaciares, portanto, cheia de minérios e muito azul. A paisagem é linda, com muitas montanhas altas e inclinadas. Há um espaço que construíram um tipo de ciclofaixa e uma das pontas deste lago que o dique forma, há uma empresa de rafting, um esporte muito comum por lá. A construção do dique começou em 1999 por um consórcio de indústria metalúrgicas. A usina hidrelétrica foi inaugurada em 2003.

Mendoza, Argentina, América do Sul, Dique de Potrerillos

Dique de Potrerillos com a pista de ciclismo

Mendoza, Argentina, América do Sul, Dique de Potrerillos

O visual é muito lindo!

Já no início da Primavera, pegamos manhãs frias e entre meio dia até 04PM ficava mais quente. Mas particularmente neste dia estava bem frio. Como estávamos com guia e 24 pessoas em 2 vans, os veículos pararam no dique no alto de um morro. A vista de lá é igualmente linda!

Mas também preciso falar como é ir até a base do Aconcágua: saímos do Hotel Diplomatic às 07:30 AM e chegamos neste ponto quase às 09AM. Como o grupo é grande, atrasos acontecem.

Dique  de Potrerillos em Mendoza

Vista do dique de Potrerillos

Mirante de Potrerillos em Mendoza

Vista do mirante de Potrerillos para as codilheiras dos Andes nevadas

dique de Potrerillos em Mendoza

Dique de Potrerillos

Seguindo a estrada, paramos em uma pequena cidade chamada Uspallata, mas foi mais uma parada técnica, para comprarmos um lanche apenas. Na viagem de 2024, chegamos em Uspallata às 10AM e paramos em uma loja chamada Casita Luiza que é uma cafeteria e uma loja de aluguel de roupas de neve. Havia nevado 4 dias antes e a neve estava uma altura de 24cm, por isso, nos foi recomendado alugar calça, bota, jaqueta e luvas.

Cada item alugado custa em torno de USD 7.30 e para mim, naquela ocasião, teriam sido válidos apenas a calça e a bota. A neve já estava derretendo e não estava ventando, chegando no local para se andar na neve estava 18ºC, passei até calor!

Eles alugam também pranchas para esqui-bunda mais ou menos neste preço e o pessoal se divertiu muito! Não há muita possibilidade de escolha dos itens, as vestimentas são predominantemente da cor preta e sem apelo visual. Verifique se todos os itens estão em boas condições e se não possuem furos, senão você fará todo o trajeto encharcada! Não há um vestiário para trocar de roupas, apenas um banco para se sentar e colocar as botas, portanto, vá com roupas mais justas para vestir a roupa alugada por cima.

Minha dica é usar o banheiro (pois depois demorará muito para conseguir um) e também comer um lanche ou comprar para levar consigo.

Uspallata fica no Vale de Uspallata que é o vale que divide a Pré-Cordilheira dos Andes e a Cordilheira dos Andes. Ao longo da estrada é triste ver tanto lixo jogado, majoritariamente pelos caminhoneiros. Dentre os lixos, avistamos garrafas de água cheias e fechadas embaixo de umas árvores e perguntamos à guia que nos disse que é devido à lenda da "Defunta Correa", ou, María Antonia Deolinda Correa, era uma jovem mulher que viveu na região, na década de 1840, e um dia decidiu seguir o seu marido recrutado a servir na guerra civil, junto com seu bebê recém-nascido. Porém, quando atravessou a zona desértica em torno da província de San Juan, os mantimentos e água que levava acabaram e ela acabou por morrer de sede e exaustão. Algum tempo depois o seu corpo foi encontrado e, para espanto dos viajantes, o bebé estava ainda vivo, supostamente graças ao leite que o corpo da sua mãe continuou a produzir. Este fato foi considerado como milagre divino e o local foi assinalado com um pequeno altar. Desde então, ela virou uma crença popular e a devoção da Defunta Correa é expressa ao longo das estradas, onde se encontram pequenos santuários rodeados de oferendas como peças de carros e, especialmente, garrafas cheias de água. Geralmente alimentado por caminhoneiros e viajantes.

O caminho para Aconcágua é lindo, com muitos paredões dos Andes em vários momentos e que são muito altos.

Em alguns momentos percebemos uns túneis e estações de trem e de fato existia um trajeto de importação e exportação ferroviário entre Chile e Argentina. Hoje este trajeto está desativado (do Porto de Santiago a Mendoza e vice-versa).

Passamos por mais dois povoados e avistamos pela janela do carro, chegando em Aconcágua.

Como havia nevado muito, a estrada havia sido interditada, reabrindo um dia antes. Mas mesmo assim, havia ainda muitos caminhões e carros indo para o Chile e, claro, muitos comandos policiais para checagem de cargas. Ficamos um bom tempo no trânsito e somente 12:30 AM que chegamos na parte mais nevada da região.

Caminho para Aconcágua, Argentina, América do Sul

Paisagens do caminho durante o verão

Caminho para Aconcágua, Argentina, América do Sul
Caminho para Aconcágua, Argentina, América do Sul
Caminho para Aconcágua no começo da primavera

Caminho para Aconcágua no começo da primavera

Caminho para Aconcágua no começo da primavera

Vistas lindas

Caminho para Aconcágua no começo da primavera

Vista da pré-cordilheira dos Andes

Caminho para Aconcágua no começo da primavera

E mais paisagens

Como havia dito, o grupo era grande e perdemos muito tempo no trânsito, portanto, andar até a base do Aconcágua com neve relativamente alta não seria mais possível, então o tour nos deixou em uma parte denominado Las Heras para curtirmos por 1 hora a neve e praticar esqui-bunda. Aqui já era 12:40AM

Las Heras

Local de parada em Las Heras para curtir a neve

Local de parada em Las Heras para curtir a neve
Las Heras nas cordilheira dos andes em Mendoza

Neve alta e seca, logo mais iria derreter

Para entrar no parque, compramos tickets que não foram caros e pegamos o trekking curto, que durou cerca de 1h30min.

Aconcágua é a montanha mais alta fora da Ásia, com 6.961 metros de altitude. Ele está localizado na Cordilheira dos Andes. Para subir até o seu ponto, não é aconselhado para montanhistas sem esperiência e muito menos para amadores.

Aconcágua, Argentina, América do Sul

Chegando no Parque de Aconcágua

Aconcágua, Argentina, América do Sul, trekking

O trekking começa...

Aconcágua, Argentina, América do Sul

O vale que leva até a montanha é lindo!

Aconcágua, Argentina, América do Sul

Detalhes das formações

Aconcágua, Argentina, América do Sul
Aconcágua, Argentina, América do Sul

Já em 2024, no final do iverno tivemos uma vista completamente diferente da entrada do Aconcágua. Infelizmente só paramos para tirarmos fotografias.

Entrada do Parque do Aconcágua

Entrada do Parque do Aconcágua

A paisagem é linda

Passamos no Puente del Inca, um monumento natural que antigamente possuia umas termas, que aos poucos acabaram sendo cobertas pelo barro do rio, é possível ainda ver algumas construções das termas. É uma curiosidade geomorfológica, porque como tem muito ferro nesta água, o barro fica calcificado e muito duro, formando até estalactites anormais (chamadas de morrenas) e que acabaram formando uma espécie de ponte (com 48m de comprimento e 28m de largura, espessura de 8 metros) e descaracteriou por completo aquilo que era conhecido como terma. Acredita-se que a construção daqui a um tempo estará toda coberta.

Este ponto fica a ~183km de Mendoza, muito perto do Chile.

Não é possível chegar até as termas, somente é possível avistar e tirar fotos de longe. A ponte é muito lisa e sempre molhada e é muito arriscado tentar atravessá-la e, é por isso, que o acesso é fechado. Tem até uma feira de artesanato com objetos que ficam encostados no sedimento que, dentro de algumas semanas, cobre todo o objeto e acaba sendo calcificado, virando uma lembrancinha desta visita.

Ainda existe uma lenda dos índios quechuas que em algum momento o herdeiro do trono do império Inca, ainda bebê, possuía uma doença grave que gerava algum tipo de paralizia. O rei ficou sabendo sobre a possibilidade de cura das águas destas termas e, desta forma, levou o filho lá. Quando ele chegou às termas, não tinha como cruzar para o lado das termas e o exército inca que o acompanhou nesta jornada, juntaram os braços para formarem uma espécie de ponte para o rei passar com o bebê até as termas.

Quando o rei olhou pela janela na direção dos soldados, viu que todos foram petrificados e que o filho dele melhorou depois que entrou nesta água.

Atrás das termas, há uma igreja que está desativada devido ao perigo para atravessar a ponte. Existem outras termas pela região. Perto da feira de artesanato há lanchonete, hostel e hotel.

Existe um banheiro meio "roots" para usar e poucas lojas de comida. Caso a fome esteja insuportável, pois por aqui chegamos às 2:30PM, coma algo. A neve estava alta e barrenta, nestas horas que se agradece por ter alugado as botas e a calça de neve, você anda livremente sem dó.

Após esta visita, voltamos a Mendoza.

Argentina, América do Sul, Puente del Inca
Argentina, América do Sul, Puente del Inca
Argentina, América do Sul, Puente del Inca
Puente del Inca na Argentina

Veja só como fica o visual do lugar com a neve! O local estava abarrotado de turistas, mas a maioria estava mais interessada em fazer guerra de bola de neve do que olhar as construções incas.

Saindo de lá, voltamos a Uspallata e almoçamos no restaurante La Juanita, que é simples com uma boa comida. Comi 1 empanada de queijo e gnocchi de baterraba. Já era 4:48PM quando comemos.

Puente del Inca

Puente del Inca com neve

A foto está mega saturada, não foi eu quem editou...

Organize sua viagem com os serviços a seguir ->

Icons made by: Flat IconsFreepikIcon Pondmonkik, mynamepongNikita GolubevPixel BuddhaPixel perfectProsymbolsRoundiconsSmashiconssripTwitterVectors Market from Flaticon is licensed by CC 3.0 BY

ATENÇÃO: Algumas informações descritas no blog podem mudar, como por exemplo, preços, horários de funcionamento e até mesmo endereços. Consulte sempre antes de ir! Não possuímos vínculos com as empresas, serviços e profissionais mencionados neste blog

Deixe seu comentário / Nenhum comentário

Itinerário de Viagem (C) Direitos reservados
desenvolvido por