Além das inúmeras vinícolas que já falamos a respeito na página Mendoza, você também pode conhecer a região em um passeio rumo a ACONCÁGUA. E é sobre isso que vamos falar aqui! O passeio que eu fiz na região de Mendoza, contratamos um motorista que passou pelos pontos principais da região, um trajeto comum de Mendoza até Aconcágua, pela Ruta 7.
A primeira parada foi no Dique de Potrerillos onde a água é formada pelo derretimento de glaciares, portanto, muito azul. A paisagem é linda, com muitas montanhas altas e inclinadas. Há um espaço que construíram um tipo de ciclofaixa e uma das pontas deste lago que o dique forma, há uma empresa de rafting, um esporte muito comum por lá. A construção do dique começou em 1999 por um consórcio de indústria metalúrgicas. A usina hidrelétrica foi inaugurada em 2003.
Seguindo a estrada, paramos em uma pequena cidade chamada Uspallata, mas foi mais uma parada técnica, para comprarmos um lanche apenas.
O caminho para Aconcágua é lindo, com muitos paredões dos Andes em vários momentos e que são muito altos.
Em alguns momentos percebemos uns túneis e estações de trem e de fato existia um trajeto de importação e exportação ferroviário entre Chile e Argentina. Hoje este trajeto está desativado (do Porto de Santiago a Mendoza e vice-versa).
Passamos por mais dois povoados e avistamos pela janela do carro, chegando em Aconcágua.
Vale mencionar que o caminho de Mendoza até Aconcágua é muito lindo, veja só alguns registros abaixo!
Para entrar no parque, compramos tickets que não foram caros e pegamos o trekking curto, que durou cerca de 1h30min.
Aconcágua é a montanha mais alta fora da Ásia, com 6.961 metros de altitude. Ele está localizado na Cordilheira dos Andes. Para subir até o seu ponto, não é aconselhado para montanhistas sem esperiência e muito menos para amadores.
Passamos no Puente del Inca, um monumento natural que antigamente possuia umas termas, que aos poucos acabaram sendo cobertas pelo barro do rio, é possível ainda ver algumas construções das termas. É uma curiosidade geomorfológica, porque como tem muito ferro nesta água, o barro fica calcificado e muito duro, formando até estalactites anormais (chamadas de morrenas) e que acabaram formando uma espécie de ponte (com 48m de comprimento e 28m de largura, espessura de 8 metros) e descaracteriou por completo aquilo que era conhecido como terma. Acredita-se que a construção daqui a um tempo estará toda coberta.
Este ponto fica a ~183km de Mendoza, muito perto do Chile.
Não é possível chegar até as termas, somente é possível avistar e tirar fotos de longe. A ponte é muito lisa e sempre molhada e é muito arriscado tentar atravessá-la e, é por isso, que o acesso é fechado. Tem até uma feira de artesanato com objetos que ficam encostados no sedimento que, dentro de algumas semanas, cobre todo o objeto e acaba sendo calcificado, virando uma lembrancinha desta visita.
Ainda existe uma lenda dos índios quechuas que em algum momento o herdeiro do trono do império Inca, ainda bebê, possuía uma doença grave que gerava algum tipo de paralizia. O rei ficou sabendo sobre a possibilidade de cura das águas destas termas e, desta forma, levou o filho lá. Quando ele chegou às termas, não tinha como cruzar para o lado das termas e o exército inca que o acompanhou nesta jornada, juntaram os braços para formarem uma espécie de ponte para o rei passar com o bebê até as termas.
Quando o rei olhou pela janela na direção dos soldados, viu que todos foram petrificados e que o filho dele melhorou depois que entrou nesta água.
Atrás das termas, há uma igreja que está desativada devido ao perigo para atravessar a ponte. Existem outras termas pela região.
Perto da feira de artesanato há lanchonete, hostel e hotel.
Após esta visita, voltamos a Mendoza.
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